Luca di Montezemolo, o ex-presidente da Ferrari, considerou um sacrilégio a pintura "matte" dos monolugares da Scuderia para este ano, porque altera o "carácter sagrado das cores históricas da marca".
O novo monolugar surpreendeu logo durante a apresentação devido à imagem diferente da pintura e, se muitos gostaram, outros nem por isso. "A opção não é estética", explicou Mario Binotto, o novo responsável da Ferrari. "Eliminar o brilho permite-nos ganhar uns gramas que podem não parecer muitos, mas ajudam a chegar ao limite e isso tem algum efeito", acrescentou.
Este argumento não convence Luca di Montezemolo, que considera que esta opção acaba por ter um efeito negativo na imagem da Ferrari. "Na minha opinião, o vermelho Ferrari é sagrado", disse o ex-presidente `revista italiana ‘Tuttosport’. "É uma imagem reconhecida em todo o mundo e sinceramente não me agrada. É como alterar as cores da bandeira, e a ideia de ganhar peso não me convence", adiantou.
Luca di Montezemolo esteve à frente dos destinos da Ferrari até 2014, incluindo um período de grandes sucessos da Scuderia na era de Michael Schumacher. O regresso aos êxitos poderia levar o antigo homem-forte de Maranello a alterar a sua posição…
"Se esta decoração levar ao sucesso, estaria disposto a deixar de lado as minhas ideias sobre a cor", admitiu, recordando que "é um pouco como nos tempos de Schumacher, quando o Presidente da República Francesco Cossiga me disse: como é possível que ele nem diga uma palavra de italiano? Respondi que, se para ganhar cinco títulos mundiais tiver de ter um piloto que não fale italiano, não o lamentaria"…