Pesquisa
Desporto

Dilúvio interrompeu o Dakar

11:20 - 08-01-2017
  51
Dilúvio interrompeu o Dakar
Hoje o Dakar entra no segundo dia de descanso. A etapa de ontem, entre Oruro e La Paz, foi anulada devido às condições do terreno marcado pelos lamaçais e rios fora das margens. A prova que se afirmou nas areias do deserto transformou-se num autêntico lamaçal, que criou grandes dificuldades logo à saída de Oruro (ver vídeo).

Dilúvio interrompeu o Dakar


A decisão foi explicada num comunicado da organização: "Tomando em consideração as condições extremas, que muitos concorrentes ainda se encontram na classificativa [5ª etapa] e tendo em conta que é impossível fazê-los chegar ao bivouac para a partida da sexta etapa em boas condições de acordo com as informações dos batedores enviados para verificar o percurso, a organização decidiu anular a 6ª Etapa entre Oruro e La Paz".

A caravana vai ter mais tempo para preparar o regresso às pistas, que está agendado para a amanhã. Os mecânicos têm pela frente muito trabalho para recuperar todas as mecânicas e os pilotos agradecem mais tempo de descanso depois de uma edição demolidora.

CARROS. A Peugeot chegou ao dia de descanso com três carros nos três primeiros lugares. Peterhansel, Loeb (+1m 09s) e Després (+4m 54 s) estão numa posição tão privilegiada que permite esquecer o abandono de Carlos Sainz depois do seu apoteótico despiste. Al-Attiyah (Toyota Hilux 4x2), que parecia a sombra negra dos franceses, nem chegou a La Paz e o seu companheiro Nani Roma está a 5m 35s do líder, o que permite aos franceses gerirem a corrida a seu belo prazer, retirando toda a emoção a uma prova em que já se viu que, para andar na frente, é fundamental utilizar um veículo da "fórmula buggy" como os 3008 DKR (o regulamento foi feito à sua medida) ou os Toyota Hilux 4x2. É evidente que, mau grado o nível baixo dos pilotos, os Mini fazem parte da história do passado... Mikko Hirvonen (5º), o melhor dos pilotos da equipa x-Raid, chegou a La Paz a 42m 21s do primeiro lugar e Przygonski (9º) está a 59m 55s.

MOTOS.
Ao nível das motos a situação tem sido muito mais equilibrada, com trocas de líder a cada dia. Sam Suderland (KTM) chegou a La Paz com 12m 00s de vantagem sobre Pablo Quintanilla (Husqvarna) e 16m 07s face a Van Beveren (Yamaha) e, embora as diferenças sejam apreciáveis, tudo ainda pode acontecer. A Honda destruiu as hipóteses de chegar à vitória ao programar um reabastecimento em zona proibida, o que levou todos os pilotos a penalizarem uma hora. Entre eles estava Paulo Gonçalves, que graças ao segundo lugar na quinta etapa, conseguiu chegar ao 10º lugar da geral, mas a 1h 08m 21s do líder.

Entre os restantes pilotos portugueses, Joaquim Rodrigues (Hero) é o 11º a 1h 10m 20s; Hélder Rodrigues (Yamaha) o 13º a 1h 23m 38s; Mário Patrão (KTM) o 20º a 1h 45m 14s; Gonçalo Reis (KTM) o 29º a 2h 45m 33s; Rui Oliveira (Yamaha) 50º a 4h 17m 33s; Fausto Motta (Yamaha) 51º a 4h 18m 26s; Fernando Sousa (KTM) 53º a 4h 20m 22s; e Bianchi Prata (Honda) 59º a 5h 03m 09s.

CAMIÕES.
Tal como nas motos, a classificações dos camiões mudou todos os dias, mas à chegada a La Paz as diferenças são tão pequenas que tudo continua por decidir, mesmo que tudo pareça apontar para um duelo entre a Iveco e a Kamaz.

De Rooy/Torrallardona/Rodewald (Iveco) chegaram a La Paz com meros 2m 23s de vantagem sobre os Kamaz de Nokolaev/Yakolev/Rybakov, e 6m 36s face a Sotnikov/Akhmadeev/Leonov, que se atrasaram na quinta etapa devido a um furo. Mas o Kamaz de Mardeev/Belyaev/Svistunov (4º a 16m 32s) e o Renault de De Baar/Roesink/De Graaff (5º a 32m 25s) ainda podem ter uma palavra a dizer.
Faltam 300 caracteres
Comentário enviado com sucesso
Subscrever Newsletter
pub
×
Enviar artigo por email

Restam 350 caracteres

×
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login. Caso não esteja registado no site de Aquela Máquina, efectue o seu registo gratuito.