Já começou a contagem decrescente para a 40ª edição do Dakar 2018, que tem início a 6 de Janeiro em Lima, no Peru. Depois dos Peugeot 3008 DKR terem monopolizado o pódio em 2017 com Stéphane Peterhansel, Sébastien Loeb e Cyril Despres, poderia pensar-se que este ano a prova seria uma "pêra doce" para os franceses. Mas a organização mudou as regras do jogo e tudo se pode alterar.
Os engenheiros da Peugeot-Sport esforçaram-se por minimizar o handicap regulamentar, pelo que a grande alteração nos protótipos franceses passou por dilatar a largura (2,40 metros) para garantir vias maiores para melhorar a estabilidade.
O Rali tem início na capital do Peru e as primeiras cinco etapas são disputadas nas dunas do deserto, sem dar tempo aos pilotos para "aquecerem" antes das maiores dificuldades. A prova, com cerca de 8.793 km (4.329 km cronometrados), passa pelos picos da Bolívia, com um pico a 4.786 metros, antes de uma longa etapa-maratona (sem assistência) no caminho para Fiambala, na Argentina, um desafio até para os mais resistentes.
Os franceses preparam tudo, mas numa prova como o Dakar tudo pode acontecer, mas a Peugeot tem a responsabilidade de defender a posição que garantiu há um ano. "A vitória em 2016 e os três primeiros lugares que conquistámos em 2017 fazem com que o único objectivo para 2018 seja a vitória", admitiu Bruno Famin, director-geral da Peugeot Sport. "Este Dakar será uma corrida apaixonante onde não vão faltar dificuldades. O percurso é mais longo do que o do ano passado e ainda mais difícil, com as grandes etapas em areia logo no início, onde podem surgir algumas diferenças importantes. Depois do Peru e da Bolívia, a grande etapa-maratona com 1.000 km, a correr na Argentina, está longe de ser fácil", acrescentou o responsável da Peugeot Sport, que não esquece que "a concorrência trabalhou muito, e bem, o que torna tudo ainda mais difícil".
A Pegeot inscreve quatro 3008 DKR Maxi, com uma cor para cada um dos pilotos: amarelo, para Peterhansel, o vencedor do ano passao; azul, para Carlos Sainz; branco, para Sebastien Loeb; e vermelho para Cyril Despres.
Resta saber até onde pode chegar a marca francesa num ano em que a Toyota aposta tudo nas Hi-Lux de Nassar Al-Attyiah e Giniel De Villiers, para não falar da X-raid, que para além dos eternos Mini, estreia este ano os novos buggy.