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DAKAR 2017: Etapa louca muda tudo nas motos e nos carros!

10:31 - 06-01-2017
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DAKAR 2017: Etapa louca muda tudo nas motos e nos carros!
Acidente de Carlos Sainz
Abandonos por acidente de dois dos favoritos, Toby Price nas motos e Carlos Sainz nos automóveis, problemas vários dos Peugeot, dificuldades enormes provocada pela altitude e, por fim, uma inesperada penalização que pode tirar a Honda da discussão da vitória nas duas rodas! De tudo aconteceu na 4.ª etapa de um Dakar que se está a confirmar o mais duro dos últimos anos… A 4.ª tirada era tida como a primeira plena de dificuldades, com os 416 km ao cronómetro, de um total de 521 km entre San Salvador de Jujuy e Tupiza, todos corridos a uma altitude média de 3500 metros!

DAKAR 2017: Etapa louca muda tudo nas motos e nos carros!


Após o muito tempo perdido para o espanhol Joan Barreda (Honda), Toby Price (KTM) partiu ao ataque e conseguiu recuperar praticamente todo o seu atraso. Mas, ao km 371, uma aparatosa queda pôs um ponto final na sua participação, obrigando à sua evacuação de helicóptero, com o fémur da perna esquerda fracturado.

Uma vez mais, o português Paulo Gonçalves parou para ajudar o seu companheiro «motard», mesmo sendo de uma equipa rival e apesar de lhe ter custado bastante tempo. "Hoje não interessava o resultado. O Toby Price caiu à minha frente e precisava da minha ajuda. Hei-de recuperar mais tarde", referiu Paulo Gonçalves que voltou a destacar-se pelo grande desportivismo. A sua marca seria corrigida em 11.40 m, o tempo que esteve junto de Pryce à espera do helicóptero.

Matthias Walkner (KTM) venceu a etapa e Joan Barreda segurou a liderança com confortáveis 18 minutos e avanço. Até que… veio a "bomba"! Pelo menos três dos pilotos oficiais da Honda (Barreda, Metge e Gonçalves) sofreram uma penalização de uma hora por terem reabastecido num local proibido! Apesar de a Honda poder recorrer, para já a liderança nas motos ficou entregue a Pablo Quintanilla (Husqvarna)

Também entre os automóveis a quarta etapa foi de grande agitação, com um dia para esquecer no campo da Peugeot… Peterhansel começou por se enganar no percurso, perdendo quase um quarto de hora. Depois, foi a vez de Sebastian Loeb ficar parado cerca de vinte minutos pelo mesmo motivo. Por fim, a apenas 8 km da meta (!), foi Carlos Sainz ficou com a prova destruída, ao cair numa ravina com o Peugeot 3008 DKR (ver vídeo abaixo). "Alarguei demasiado a curva e não havia nada a fazer, o carro caiu pela ravina. O rali terminou para nós", declarou o madrileno.

Acidente de Carlos Sainz


Sainz perdeu mais de duas horas e o seu carro ainda seria rebocado pelo outro Peugeot, o de Romain Dumas (que, assim, também perdeu bastante tempo) até ao acampamento. Aos mecânicos da Peugeot esperava-os uma longa noite de trabalho para ver se era possível recuperar o 3008 DKR para a 5.ª etapa de hoje. Mas o próprio Sainz tinha dúvidas de vária ordem: "Não me parece que o carro possa ser reparado, está tão danificado depois da queda na ravina de 10 a 15 metros… E eu também não sei se poderei continuar, sinto dores na parte de baixo das costas", comentou o madrileno. E já hoje de manhã confirmou-se que não havia hipótese de continuar, engrossando o lote dos candidatos à vitória que já abandonaram, juntando-se a Nasser Al-Attiyah que já nem tinha largado para a 4.ª etapa, devido aos danos sofridos na Toyota Hillux

Da "armada" Peugeot salvou-se Cyril Després que venceu a etapa, à frente do Mini de Mikko Hirvonen e da Toyota Hilux de Nani Roma que foi, durante muito tempo, o mais rápido da quarta tirada. "É fabuloso vencer uma etapa apenas ao fim de três participações nos automóveis, há alguns anos não o esperava", reconheceu o ex-"motard" que obteve o seu primeiro triunfo em quatro rodas. Peterhansel e Loeb fecharam os cinco primeiros mas a 15 e a 22 minutos, respectivamente, do colega de equipa.

Que, assim, ascendeu ao comando, embora com Peterhansel, "monsieur Dakar", a apenas 4.08 m de distância e Hirvonen em 3.º, seguido pelo Peugeot de Loeb e o Toyota e Roma. Estes cinco, separados por apenas 10.30 m, parecem ser os únicos pilotos em condições de discutir a vitória neste Dakar, apenas ao fim do quarto dia de competição…

A etapa de hoje volta a realizar-se em altitude, com mais 447 km ao cronómetro, numa tirada com um total de 692 km, a lugar Tupiza a Oruro, em mais um dia no planalto boliviano. O director da prova, Marc Coma, tinha prometido para este ano uma edição do Dakar muito mais dura que as duas últimas e, até agora, tem estado a cumprir a promessa!
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