A Mitsubishi chegou ao "Dakar" em 1983, na quinta edição da prova, mas teve de esperar dois anos até afirmar o Pajero, curiosamente num ano em que teve um adversário com o peso da Porsche. Foi a primeira das 12 vitórias de uma marca que esteve imbatível entre 2001 e 2007, quando se disputou o último Lisboa-Dakar. Curiosamente, os japoneses nunca conseguiram vencer depois do "Dakar" ter mudado para a América do Sul.
1985 - Os alemães tinham ganho com o 953 no ano anterior e estreavam o novo 959. Mas Zaniroli/Da Silva garantiram o primeiro dos 12 triunfos da Mitsubishi, um recorde que continua à espera para ser batido.
1992 – Depois de sete anos de jejum, Auriol/Monnet venceram a armada da Citroen, numa edição que terminou na Cidade do Cabo. Foi o mais longo "Dakar" de sempre e poucos esperavam que a Citroen, que herdara os imbatíveis Peugeot, pudesse vir a ser derrotada.
1993 – Saby e Dominique Serieys, o futuro director desportivo da Mitsubishi, foram os primeiros classificados no regresso da prova a Dakar.
1997 – Entre 1994 e 1996 a Citroen dominou a maratona. Mas depois de três vitórias consecutivas da marca francesa, Lartigue, Shinozuka/Magne, garantiram a quarta vitória da Mitsubishi num ano em que os regulamentos impuseram carros mais próximos das especificações de série, que contrastavam com os verdadeiros protótipos dos anos anteriores.
1998 – Sem a ameaça da Citroen, a Mitsubishi garantiu os quatro primeiros lugares da geral, num ano em que Fontenay fez a festa.
2001 – Depois de duas vitórias de Schlesser com o seu buggy, que tirou total partido da alteração dos regulamentos, a Mitsubishi reencontrou-se com a vitória. Carlos Sousa esteve perto do êxito, mas Jutta Kleinschmidt tornou-se na primeira mulher a vencer o "Dakar".
2002 – Masuoka foi o vencedor de uma edição onde a Mitsubishi colocou nove pilotos entre os 10 primeiros classificados, o que diz bem do domínio dos Pajero, independentemente do seu nível de preparação.
2003 – Na estreia do Pajero Evolution, um verdadeiro carros de competição com uma carroçaria em carbono, Peterhansel perdeu a vitória com a meta à vista, mas Masuoka assegurou o triunfo Mitsubishi.
2004 – Depois de seis vitórias em moto, Stephane Peterhansel averbou a sua primeira vitória ao volante de um Pajero Evolution.
2005 – Peterhansel voltou a vencer, secundado por Alphand, numa edição em que se estrearam os Race Touareg, mas os VW acusaram grandes problemas de fiabilidade e nunca foram uma ameaça real.
2006 – Alphand chegou à vitória num ano em que um erro de Peterhansel na Guiné, o afastou de uma vitória que parecia segura.
2007 – A vitória de Peterhansel no Lisboa-Dakar elevou para nove, o seu número de triunfos. Seis em moto, e três com a Mitsubishi. Foi um triunfo difícil para o Pajero Evo cujo motor diesel começava a sentir grandes problemas para rivalizar com a performance dos VW Race Touareg, apesar das grandes evoluções ao nível da carroçaria e do chassis. Os motores a gasolina dos Pajero consumiam muito mais do que os diesel da VW, e o excesso de peso à partida das etapas mais longas condicionava as suas performances.
2008-2009 - O Lisboa-Dakar de 2008 foi anulado devido à ameaça de um ataque terrorista à caravana, gorando a estreia do Racing Lancer com motor diesel. O adeus do "Dakar" a África também foi o adeus à tradição vitoriosa da Mitsubishi na grande maratona. Na prova disputada em 2009 na Argentina e no Chile o Racing Lancer mostrou que estava aquém do que se esperava e a marca japonesa acabou por se afastar da competição.