Sabe quanto poderá custar a Opel ao Grupo PSA?

Não se tem falado de outra coisa nesta última semana, a tentativa de compra da Opel por parte do Grupo PSA… a que corresponde uma tentativa de venda da Opel por parte da General Motors! Mas quando se pretende fazer um negócio há algo básico de que não se tinha falado ainda: quanto custa?! Agora já há um preço em cima da mesa: a Opel (com a Vauxhall que só opera no Reino Unido) custa dois mil milhões de dólares, o equivalente a 1,884 mil milhões de euros.

As conversações continuam a avançar mas, como se deve imaginar, esta não é uma "transacção" que se faça… ao balcão, nem rapidamente. A presidente executiva da General Motors, Mary Barra, voltou a referir que, mesmo que o negócio vá em frente, a Opel e a Vauxhall continuarão a funcionar de forma independente. Alinhando, assim, no discurso do português Carlos Tavares que lidera o Grupo PSA e que já tinha tranquilizado os trabalhadores da marca alemã quanto ao seu futuro.

Agora, é preciso alinhavar melhor todos os detalhes de uma compra que, assim sendo, acaba por não ser bem uma fusão… Os dois mil milhões de dólares que estão a ser negociados dividem-se em duas "fatias" iguais, sendo mil milhões aquilo que o Grupo PSA teria de pagar à GM e os restantes mil milhões o passivo acumulado que teria de ser assumido pelos franceses.

Apesar do compreensível secretismo que impera em torno das negociações, é sabido que estão a decorrer em bom ritmo e que poderá haver um anúncio num prazo relativamente breve. Afinal, ambas as partes têm interesses convergentes… Resta, depois, ver como irá o Grupo PSA estruturar as gamas das suas marcas com a da Opel.

Haverá, certamente, uma maior partilha de componentes, mas isso é algo que até já existe hoje nalguns modelos. Por exemplo, os novos SUV da Opel utilizam plataformas do Grupo PSA: o compacto Crossland X usa a base do Peugeot 2008, enquanto o futuro Grandland X (que irá substitui o Zafira) usará a plataforma do Peugeot 3008. O problema coloca-se nos vários pontos em que as marcas (Peugeot, Citroën e Opel) são directas concorrentes, não sendo fácil "desencontrar" as gamas quando se anuncia que a marca alemã continuará a funcionar de forma independente…