Guerra de números: quem foi a "rainha dos premium" em 2016?

Qual foi o maior construtor "premium" em 2016? Este título apetecível, sempre esgrimido quase à unidade entre as marcas alemãs, foi este ano alvo de uma curiosa polémica entre Mercedes e BMW, com anúncios contraditórios… no próprio dia!

Primeiro foi a Mercedes, pela voz do presidente da Daimler, Dieter Zetsche, a reivindicar o topo dos construtores "premium". "2016 foi o melhor período da história da Mercedes e o sexto ano consecutivo de crescimento. Subimos ao topo do segmento ‘premium’ e continuamos a acelerar", referiu, antes de revelar os números: 2.083.888 Mercedes vendidos, a que se juntam 114.479 smart, para um total de 2.268.237 unidades.

Poucas horas depois, contudo, um comunicado da BMW reivindicava igualmente a liderança do segmento "premium", com um total de 2.367.603 unidades vendidas! "O Grupo BMW atingiu o sexto recorde de vendas consecutivo e mantém-se como o maior construtor ‘premium’ do Mundo", lia-se no comunicado. Aquele número é composto por 2.003.359 BMW, mais as vendas da Mini e da Rolls-Royce.

Nesta guerra de números em que se misturam conceitos de marca e grupo, conforme vai dando jeito, num exercício de "copo meio cheio e meio vazio", há três conclusões inequívocas: pela primeira vez, Mercedes e BMW ultrapassaram os dois milhões de unidades vendidas num ano, enquanto marcas; o Grupo BMW vendeu mais que o conjunto das marcas automóveis da Daimler; mas, com mais 80 mil unidades, a Mercedes foi a marca "premium" mais vendida em 2016.

Refira-se ainda que a Audi voltou a crescer, aumentando as suas vendas em 3,8% face a 2015 – sétimo ano consecutivo a subir! –, mas ainda tem de se conformar com o terceiro posto entre as marcas alemãs, com 1.871.350 unidades vendidas.