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Já não há paciência para o passeio dos Mercedes e nem os arrufos entre Hamilton e Rosberg servem para dar alguma animação.
A Scuderia é uma das grandes responsáveis pela falta de animação de um campeonato que prometeu com o bom desempenho inicial do Ferrari SF16-H, que parecia capaz de pressionar a Mercedes. Mas os alemães evoluíram, a Red Bull deu um salto em frente e relegaram Vettel & Raikkonen para fora dos lugares de pódio.
Os problemas do Ferrari passam por erros no projecto SF16-H, onde é quase impossível alterar as regulações de pista para pista num monolugar que prima pela instabilidade. Falta-lhe tracção e eficácia aerodinâmica.
Os problemas de "grip" são evidentes à saída das curvas lentas e a falta de apoio é notória nas curvas rápidas, exigindo mais apoio aerodinâmico o que limita a velocidade máxima em recta. Não é fácil chegar a soluções de compromisso num monolugar que, na inserção em curva, "foge de frente" e escorrega em aceleração à saída. Não poderia ser um quadro pior para os pneus...
Quando não há "grip" os pneus novos disfarçam o problema, garantindo mais aderência. Mas logo que os pneus começam a dar sinais de degradação as dificuldades reaparecem. "Com pneus novos o carro anda bem, mas quando eles se gastam surge a subviragem e a sobreviragem e desaparece a aderência", referiu Raikkonen depois do GP da Alemanha.
Em prova, quando se olha para um SF16-H, é evidente a luta dos pilotos com o volante. O temperamento nervoso do Ferrari exige um estilo de condução agressivo e se esse é o estilo de Vettel, quando o alemão assume essa postura o monolugar fica ainda mais nervoso e instável, sendo menos eficaz do que quando é conduzido com a delicadeza de Raikkonen.
Já ninguém tem duvidas de que o SF16-H é mais um "flop" para a história da Ferrari. A F1 está de férias e na segunda metade da temporada não se podem esperar novidades radicais dos lados de Modena. Vettel admitiu que "estamos a procurar soluções para melhorar" e Raikkonen reconhece que nos próximos tempos "é importante ter mais apoio aerodinâmico e maior velocidade". Mas a Ferrari tem de tomar uma opção fundamental: assumir o "flop" do SF16-H e concentrar todos os esforços no carro para 2017, onde uma revolução regulamentar pode alterar as regras do jogo, ou continuar a tentar endireitar aquilo que nasceu torto...
Esta decisão não é fácil num momento em que a Scuderia volta a estar em reformulação. James Allison deixou a equipa e o patrão Sergio Marcchione decidiu encontrar uma solução interna. Mattia Binotto assumiu o cargo de director técnico, mas o seu currículo na F1 não lhe garante o peso necessário para liderar uma revolução. E se a Mercedes e a Red Bull devem estar satisfeitas, quem está farto de "mais do mesmo" em cada GP não pode achar grande graça...
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