O nosso website armazena cookies no seu equipamento que são utilizados para assegurar funcionalidades que lhe permitem uma melhor experiência de navegação e utilização. Ao prosseguir com a navegação está a consentir a sua utilização. Para saber mais sobre cookies ou para os desativar consulte a Política de Cookies Medialivre.
Os números do último "Road Safety Performane Índex Report", o programa de análise da segurança rodoviária elaborado pelo Conselho Europeu para a Segurança dos Transportes (ETSC), evidencia uma inversão da tendência na redução das mortes nas estrada da Europa que se verificava desde 2001. À partida não faz sentido. porque há cada vez mais sistemas de segurança activa e passiva que são propostos como equipamento de série ou como opcionais nos automóveis modernos.
Mesmo assim, em 2015 morreram 26 300 pessoas vítimas de acidentes rodoviários (+1,3%) e, como é habitual nestas circunstâncias, surgem sempre as vozes abalizadas que sem terem muito para dizer avançam com as banalidades habituais.
Dogmaticamente afirmaram que a culpa é "da redução do controlo de violações ao código da estrada, da redução nos investimentos em infra-estruturas viárias e da pouca eficácia no controlo dos excessos de velocidade e consumo de bebidas alcoólicas". O mesmo é dizer "a culpa é dos suspeitos do costume" e, se a realidade actual é radicalmente diferente, ninguém parece interessado em procurar novas explicações.
Basta pensar que nas apresentações de novos modelos a que a Comunicação é chamada todas as semanas fala-se tanto ou mais em conectividade do que nos motores, e os marketeers estão mais interessados em vender a mensagem do acesso à internet do que nas soluções técnicas propostas pelos engenheiros.
O mundo mudou e o marketing vende aquilo que é mais apetecível para o cliente final. Por isso fica a ideia de que um condutor nunca está sozinho, tem um ecrã digital, que é um interface para exterior feito de redes sociais e a tudo aquilo a que o seu smartphone lhe der acesso. Não interessa que fique mais atento a outras realidades do que à condução, à estrada e ao que se passa à sua volta. Os ecrãs tácteis e os comandos por voz são meras desculpas, porque mesmo assim há uma redução na concentração de quem está ao volante.
Talvez por isso a sinistralidade esteja a aumentar, e em vez dos "suspeitos dos costume" seja importante encontrar o verdadeiro culpado.
Para o seu bem, talvez valha a pena pensar nisto...
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login. Caso não esteja registado no site de Aquela Máquina, efectue o seu registo gratuito.