A Spyros Panopoulos Automotive quer criar uma nova categoria de desportivos de alto desempenho.
A mover o SP Chaos está um bloco V10 biturbo de 4.0 litros com níveis de potência de 2.077 e 3.106 cv. Essa força é passada às quatro rodas por uma transmissão automática de dupla embraiagem com sete ou oito relações.
A marca grega afirma que o desportivo merece bem o seu apelido bombástico pela "tecnologia do futuro" que incorpora.
Em causa está o uso intensivo de componentes impressos em 3D ou as técnicas da indústria aeroespacial aplicadas pela primeira vez num carro.
As jantes e os travões, produzidos numa liga de magnésio ultra leve, são impressos com aquela tecnologia, assim como o bloco do motor, pistões, bielas e comandos.
As válvulas são em titânio enquanto os turbocompressores são feitos em fibra de carbono, compostos cerâmicos e ligas de titânio e magnésio.
Para o chassis, a SP Automotive utiliza um material quase inédito na indústria automóvel. O zylon é a fibra mais resistente do planeta, sendo até dez vezes mais rígida do que o aço.
O monocasco é produzido com aquele componente, tendo na sua estrutura elementos em fibra de carbono, magnésio e kevlar.
A suspensão é feita de triângulos duplos independentes em liga de titânio ou magnésio, e os discos de travão ventilados são carbono-cerâmicos.
Não é, por isso, uma surpresa que o SP Chaos pese menos de 1.400 quilos, apesar dos mais de cinco metros de comprimento que tem.
A aceleração dos zero aos 100 km/hora faz-se em 1,9 segundos, demorando 7,9 segundos a bater nos 300 km/hora. Os 400 metros de uma drag race são cumpridos em 8,1 segundos, de acordo com a construtora grega.
Se não está satisfeito com este poder na estrada, saiba que a variante Zero Gravity é ainda mais caótica.
Alimentado com gasolina E85 de competição, o V10 biturbo arranca com 3.107 cv e 1.984 Nm, com o red line a fazer-se entre as 11.800 e 12.200 rotações.
Segundo a SP Automotive, o topo de gama acelera mais depressa do que um Fórmula 1 ou qualquer outro veículo de duas ou quatro rodas já produzido.
Claro que esta afirmação terá primeiro de ser confirmada em pista, já que nenhum teste foi, para já, realizado para além das simulações em computador.
O Zero Gravity é anunciado como capaz de fazer os zero aos 100 km/hora em 1,55 segundos, e 1,7 segundos até aos 200 km/hora.
Para chegar aos 300 km/hora são precisos 7,1segundos, com os 400 metros a fazerem-se em 7,5 segundos.
Um verdadeiro "foguete" se se tiver em conta que o "eléctrico Rimac Nevera demora 8,58 segundos a fazê-lo, sendo o actual detentor do recorde.
Os mais de 500 km/hora que tem de velocidade máxima serão testados em na pista alemã de Ehra-Lessien com o patrocínio da Red Bull. Todavia, bater o recorde de velocidade só será tentado entre 2022 e 2023.
Esteticamente, o SP Chaos mostra umas linhas francamente agressivas, com entradas e saídas de ar espalhadas pela carroçaria.
As jantes em liga leve, que podem ser de 21 ou 22 polegadas, e as ponteiras quádruplas dos escapes destacam o ultra desportivo entre os seus pares… pelo menos no computador!
Mais uma vez, a construtora helénica assegura que o Chaos tem o melhor desenho aerodinâmico já aplicado a um carro, com a força descendente a ser comparável à de um monolugar da Fórmula 1.
O interior reflecte o visual futurista do ultra desportivo, com o volante rectangular a comportar vários controlos tácteis no ecrã digital nele integrado.
Para além do visor head-up no pára-brisas, do lado do copiloto está outro visor táctil enquanto na consola central estão alguns controlos físicos.
Fibra de carbono, zylon, titânio, magnésio e Alcantara revestem praticamente todos os componentes do interior.
Tecnologicamente futurista como é, a SP Automotive sublinha que o SP Chaos terá realidade aumentada, recursos 5G e óculos de realidade virtual.
Terá ainda reconhecimento de impressão digital, comandos de voz e câmaras de reconhecimento facial para lerem as expressões do condutor.
Desta maneira, será capaz de adaptar as características do carro de acordo com o humor e as capacidades de condução do piloto.
A marca grega prevê produzir 20 unidades por ano para cada continente quando o ultra desportivo estiver pronto a entrar na linha de montagem. O primeiro exemplar já foi vendido, com a entrega a estar prevista para o início do próximo ano.
Exclusivo como é, o preço começa nos 5,5 milhões de euros para a edição Earth Version, e arranca nos 12,4 milhões de euros para a variante Zero Gravity.
A apresentação oficial está prevista para os próximos meses em Atenas, e já está acordado um ensaio independente para o programa Top Gear da BBC.
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