A Lamborghini vai ser a primeira marca dedicada apenas a superdesportivos a dar muitos passos até há pouco tempo considerados impensáveis: lançará, dentro de poucos meses, o primeiro SUV que terá uma versão híbrida "plug-in". A marca do touro está, assim, balanceada para se manter na frente das tecnologias e modas mais modernas da indústria automóvel. Mas há um passo que a Lamborghini se recusa a dar ou adiará o mais possível: a condução autónoma!
Porque, mesmo no SUV Urus cuja versão de produção deverá ser desvendada dentro de poucos meses, a marca italiana quer manter uma sensação pura de condução desportiva e porque, afinal, um Lamborghini é para ser conduzido… quando não pode ser pilotado! Foi mais ou menos isso que Maurizio Reggiani, responsável pela pesquisa e desenvolvimento da marca de Sant’Agata Bolognese, explicou numa entrevista à "Digital Trends", confirmando também não estar, para já, previsto um desportivo puramente eléctrico.
"Quem compra um Lamborghini compra-o para se divertir e ter um elevado prazer de condução. Se estamos a falar de condução totalmente autónoma, penso que seremos a última marca a oferecê-la!", comentou Reggiani que nem ousa imaginar a heresia que seria um Huracan ou um aventador a guiarem-se sozinhos…
Apesar desta posição clara, a Lamborghini não renegará, no Urus, algumas das mais avançadas tecnologias de segurança activa, já presentes no Audi Q7, e consideradas realmente úteis.
"Teremos ‘cruise control’ adaptativo, teremos câmaras, sistemas de manutenção na faixa, tudo aquilo que se encontra num modelo ‘premium’ estará disponível no Urus. Mas nada que se aproxime da condução totalmente autónoma", garantiu Reggiani.
E o mesmo se passa com a hibridização de alguns dos modelos da Lamborghini, mesmo dos mais desportivos. Foi, aliás, o próprio presidente da marca, Stefano Domenicalli quem o garantiu, durante o decorrer do salão de Frankfurt:
"A hibridização vai chegar e será, certamente, nos próximos cinco anos".
