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28 de Maio de 1937: as origens da VW

00:12 - 28-05-2016
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28 de Maio de 1937: as origens da VW
A 28 de Maio de 1937 o governo Nazi criou a Gesellschaft zur Vorbereitung des Deutschen Volkswagens mbH, uma empresa estatal, que pouco tempo depois passou a chamar-se Volkswagenwerk (a empresa do "Carro do Povo"). Adolf Hitler decidiu que a Alemanha não podia ficar atrás dos Estados Unidos, tendo pedido a Ferdinand Porsche para seguir o exemplo de Henry Ford, criando automóveis acessíveis para o povo. A fábrica foi instalada em Wolfsburg e foi gerida pela Frente dos Trabalhadores (uma organização ligada ao partido Nazi) e Ferdinand Porsche desenvolveu um modelo que, sendo inovador, conseguia ser fiável e barato. Chamou-lhe KdF-Wagen qualquer coisa como "carro da força pela alegria"), mas rapidamente foi apelidado como Volkswagen (carro do povo).

Para garantirem a posse de um dos automóveis projectados por Ferdinand Porsche, os trabalhadores alemães tinham de ir colando selos de cinco marcos numa caderneta específica e, ao totalizarem 990 Reichmark (o preço máximo estipulado por Hitler), passavam a ter direito ao veículo.

"É um carro construído para as grandes massas e o seu objectivo é responder às suas necessidades de transporte e pretende dar-lhes alegria", afirmou em 1938 Adolf Hitler, antes de o Volkswagen ser apresentado com pompa e circunstância no Salão Automóvel de Berlim. Mas com o eclodir da II Guerra Mundial a fábrica de Wolfsburgo reconverteu-se e teve uma grande actividade, ou não tivesse Ferdinand Porsche sido o criador da maioria dos blindados que permitiram ao exército nazi avançar pela Europa. O preço foi pesado e Wolfsburg foi destruída pelos bombardeamentos aliados. No final do conflito, a fábrica estava reduzida a ruínas e o seu futuro era mais do que incerto. Ficou sob a gestão do exército britânico e sob a responsabilidade do major Ivan Hirst, que podia ter destruído o que restava da fábrica, mas decidiu recuperá-la, encomendado uma frota de veículos para serem utilizados nas operações de patrulhamento da região. A laboração começou nas condições possíveis, mas nunca mais parou.

Recusada pelos ingleses. A fábrica foi oferecida ao governo britânico como contrapartida nas reparações de guerra, mas uma delegação liderada por Sir William Rootes (mais tarde Lord Rootes, dedicado à indústria automóvel) considerou que a Volkswagen não valia dinheiro, chegando a dizer que o carro "era muito feio e barulhento"...Foi um erro tremendo, porque a Volkswagen começou por ser a ponta de lança do milagre económico alemão e, em 1972, o "Carocha" tornava-se no automóvel mais vendido do mundo, tendo sido produzido até 1998.

No pós-guerra, Ferdinand Porsche, o criador do "Carocha", foi acusado (nunca condenado) de crimes de guerra e, nos 20 meses em que esteve na prisão, o seu filho Ferry Porsche decidiu criar um carro que veio a dar origem à Porsche. Esses modelos utilizavam componentes do "Carocha" e as ligações entre as duas marcas foram-se estreitando, ao mesmo tempo que os descendentes de Ferdinand Porsche se dividiam em dois ramos – as famílias Porsche e Piech. Como em todas as grandes famílias a história fez-se de aproximações e afastamentos, partilhas e conflitos, que foram tendo maiores ou menores impactos na Volkswagen.
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