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18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe

00:01 - 18-07-2016
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18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe18 de Julho de 1942: O jacto BMW da Luftwaffe
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O Messerschmitt Me 262 foi uma das últimas armas secretas da Luftwaffe no final da II Guerra Mundial, que fez a diferença com os motores a jacto desenvolvidos pela BMW. A marca bávara foi fundada a 7 de Março de 1916 para produzir os motores que foram utilizados na I Grande Guerra. Em 1917, um biplano equipado com um motor de seis cilindros com um carburador especial foi capaz de chegar aos 5 000 metros de altitude. É nesse período que surge a imagem do logótipo da BMW: o círculo com as cores da Baviera (azul e branco) que nos remete para o movimento de uma hélice. A marca ganhou prestígio ao nível da tecnologia, mas a Alemanha perdeu a guerra e o Tratado de Versalhes era bem claro nas restrições à Alemanha. Entre elas estava a proibição de produzir aviões e a marca começou por se dedicar à construção de motos. Em 1928 comprou a patente inglesa do velho Austin 7 e produziu o Dixi, que evoluiu nos anos seguintes. Aprendeu depressa e chegou rapidamente ao sucesso com modelos marcantes para os anos 30 como o 328 de 1936.

A II Guerra Mundial voltou a condicionar a BMW. Os automóveis foram postos de lado para privilegiar a produção de motores para os Junkers e para os caças Messerschmitt da Luftwaffe, para já não falar nas motos para a Wermacht, nos motores para as bombas voadores que chegaram a Londres e para os primeiros jactos, que surgiram no final do conflito. As instalações da BMW eram alvos apetecíveis dos bombardeamentos aliados. A fábrica de Munique foi arrasada em 1944 e, depois da guerra, a de Eisenach ficou na zona soviética. Foi nacionalizada e acabou a produzir os Wartburg. Allach sobreviveu e foi autorizada a reparar os veículos do exército americano para garantir a sobrevivência. Mas a BMW renasceu e reiniciou a produção de motos e automóveis. Em 1951 surgiu o 501, mas o modelo esteve longe do sucesso. Era demasiado ostensivo para um país em crise. O Isetta, que em Portugal ficou conhecido como "ovo", foi lançado em 1955, mas a BMW queria mais e em 1956 lançou o modelo que marcou o seu carácter desportivo: o 507 é um ícone apesar de só terem sido produzidas 252 unidades deste descapotável com um motor 3.2 V8 de 150 cv.

Em 1959, graves problemas económicos fizeram soar o alarme. Herbert Quandt adquiriu uma posição destacada no capital da empresa. Alienou o sector ligado à aviação e assumiu o controlo da BMW, que se mantém na família até hoje. Em 1961, o 1500 assegurou a sobrevivência da marca. Depois evoluiu para o 1800 e 2000. Em 1968 surgiram os 2500 e 2800 e os coupés 2.5 CS e 2.8 CS. Foram tempos de mudança e o aparecimento dos 1600 e 2002 em 1969 projectaram o futuro. No início dos anos 70 a
Alemanha vivia o desafogo económico. A BMW reinstalou-se em Munique e lançou um plano de desenvolvimento que garantiu o seu crescimento a nível global. Dilatou a oferta, diversificou as propostas e popularizou-se com o Serie 3, lançado em 1975. Os sucessos desportivos foram resultado de opções de marketing e a BMW parecia imparável. Crescer era a palavra de ordem. Em 1994 invadiu a Inglaterra. Comprou o British Rover Group, que incluía marcas como a Rover, Land Rover e MG, para além das defuntas Morris e Mini, e em 1998 alargou o portfolio com a aquisição da Rolls Royce. Conseguiu recuperar a Mini e reafirmar o prestígio da Rolls Royce, mas não teve sucesso com as restantes marcas, que acabou por vender em 2000. Estes investimentos criaram instabilidade e disputas entre accionistas, mas foram ultrapassadas, permitindo solidificar o Grupo e traçar um novo rumo.

Os resultados estão à vista: a BMW tem uma gama que vai do compacto Serie 1 ao requintado Serie 7. Tem opções no campo dos monovolumes, SUV’s e descapotáveis, para já não falar em grandes desportivos. Mesmo assim continua a apostar na inovação tecnológica que passa pela mobilidade eléctrica com modelos como o i3 e i8. Tudo isto sem esquecer o crescimento da Mini e a afirmação da Rolls Royce como superlativo do luxo sobre rodas, nem a inovação e diversificação da oferta no sector das motos.
Numa altura em que celebra 100 anos, apenas podemos dizer que a BMW é uma sobrevivente, que descobriu sempre novos caminhos para o futuro.
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