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30 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F1

00:01 - 30-08-2016
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30 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F1
30 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F130 de Agosto de 1992: A 1ª vitória de Schumacher na F1
Um ano depois de ter chegado à F1 no GP da Bélgica onde impressionou na estreia com a Jordan, Michael Schumacher garantiu a sua primeira vitória no circuito de Spa, já na Benetton. Foi a primeira das suas 91 vitórias.

Apesar de ser um recém-chegado, cultivou o conflito com Ayrton Senna. Discreto na África do Sul onde foi quarto, subiu ao pódio ao conquistar um terceiro lugar no GP do México. Depois, no Brasil, a terra de Ayrton Senna, surgiu a primeira discussão entre o alemão e o brasileiro. Apesar da sua juventude, o alemão acusou Ayrton de "fazer manobras perigosas", considerando que "era muito mais rápido do que ele. Embora pensasse que ele tinha tido algum problema, achei que tinha decidido brincar comigo (…). Parecia travar nas curvas lentas e depois acelerava e distanciava-se, mas queimava sempre as travagens por dentro. Não era coisa que se fizesse, porque eu tinha de o deixar passar e isso poderia dar a oportunidade para outros me ultrapassarem".

Ayrton Senna desistiu e Schumacher subiu ao pódio com o seu terceiro lugar. Este duelo fez parangonas na imprensa mundial, mas o alemão foi o primeiro a limitar a euforia, ao afirmar: "Eu sou o Michael Schumacher e não sou um segundo Senna".
Por trás de um piloto muito jovem que se mantinha nos primeiros lugares, estava sempre Willi Weber. Era a forma de gerir um negócio, ao mesmo tempo que afirmava que "a pressão é enorme e ele necessita de alguém como eu para lhe reduzir a pressão dos ‘media’. Por isso, tenho que gerir tudo para que o Michael possa ter a mente limpa para conduzir".

Mas as quezílias não ficaram por aqui. O alemão voou sobre o Ferrari de Alesi em Imola, mas a sua agressividade não se alterou e em França voltou a ter um incidente com Ayrton Senna. "Tentei ultrapassá-lo na travagem, mas ele apareceu ao meu lado e não consegui evitar que os carros se tocassem". Era o segundo confronto entre os dois pilotos. O brasileiro foi obrigado a abandonar e não poupou críticas a Schumacher no final da corrida. "No início da minha carreira, também cometi erros como estes", afirmou Ayrton Senna, que condenou fortemente Michael pelo facto de não ter falado com ele no Brasil após o primeiro incidente: "Devia ter falado comigo se pensou que havia algum problema".

A juventude do alemão ajuda a explicar muita coisa, tanto mais que ele admitiu que "se tivesse conseguido ultrapassá-lo, teria sido considerado um grande herói", o que pode ser visto como o assumir de um incidente escusado.

Tudo isto foi o avolumar de uma guerra incendiada pelos ‘media’ que colocavam o alemão como o herdeiro do brasileiro, uma guerra que levara mesmo Ayrton a afirmar que Schumacher era "um garoto estúpido". Contudo, uma boa parte da Comunicação Social estava do lado da juventude de Schumacher, apesar da reputação de Senna, um piloto que, como os brasileiros dizem, começava "a sair do sério"…

É certo que a imaturidade de Michael Schumacher não explica tudo, porque sabia o que fazia, mesmo quando respondeu de forma jocosa à pergunta sobre o pedido de explicações de Ayrton Senna na sua boxe: "Agarrou-me pelo pescoço, provavelmente para me dar uma massagem…".

Mais do que a rapidez de Michael Schumacher, a sua postura desconcertava Ayrton Senna, um piloto que estava habituado a ser reconhecido como o melhor da sua geração. Foi neste quadro que se disputou o GP da Alemanha (1992), onde a vitória de Nigel Mansell estragou o duelo entre os dois rivais, apesar de Senna ter garantido o segundo lugar, à frente de Schumacher.

Para deitar ainda mais achas à fogueira, o alemão afirmou depois da corrida: "Vi-o conduzir no seu tempo dos karts e era impressionante, mas nunca disse que gostava de seguir a sua carreira ou de o imitar. Ele nunca foi o meu ídolo".

Para Ayrton Senna, a vitória na Hungria, numa prova onde Schumacher desistiu após um toque com Brundle, foi como que uma desforra. Mas a verdadeira consagração de Michael Schumacher surgiu logo a seguir, em Spa-Francorchamps, exactamente a pista que lhe dera acesso à Fórmula 1 um ano antes. Foi a primeira de uma série de vitórias que o viriam a tornar o piloto melhor sucedido da modalidade.

O final da temporada não foi brilhante para o alemão, que não pontuou em Portugal nem no Japão, embora tenha terminado o ano com um segundo lugar no GP da Austrália. "Ele ainda é muito jovem e as pessoas esquecem-se disso", justificava Ross Brown, o então director técnico da Benetton. Este era o melhor elogio para um piloto que, na primeira temporada completa na Fórmula 1, tinha garantido uma "pole-position" em Espanha e uma vitória na Bélgica (onde também assegurou a volta mais rápida em corrida, o que veio a conseguir igualmente na Austrália), tendo terminado o campeonato no terceiro lugar.
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